quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Quaresma e Campanha da Fraternidade 2012 - Encontro de Catequese


1. Objetivos:

- Refletir o que é quaresma e como o cristão vive este período.

- Refletir sobre o tema e lema da Campanha da
Fraternidade 2012.
- Refletir sobre a realidade da saúde no Brasil em vista de uma vida saudável, suscitando o espírito fraterno e comunitário das pessoas na atenção aos enfermos e mobilizar por melhoria no sistema público de saúde. (Objetivo Geral de CF-2012).

2. Conteúdo do Encontro:
- Criar um quadro com os 40 dias da quaresma, incluindo o dia da Páscoa. (ver modelo – após o aprofundamento)
- Distribuir pedaços de folhas coloridas (15 cm X 10 cm)
para os catequizandos, que deverão dobrar ao meio.
- Colar os pedados dos papéis em um papel cartão, colocando os quarenta dias da quaresma.

3. Desenvolvimento do Tema:
- Ler com os catequizandos o texto da apostila, explicando passo a passo sobre a Quaresma.
- Fazer em conjunto com a classe o registro da semana – escrever em cada quadrinho uma atitude, uma boa ação que deverá ser feita naquele dia, durante a quaresma.
- Combinar em cada encontro as ações da semana.
- Para explicar sobre a fraternidade, a solidariedade, contar a história – A pomba e a formiga.
Às margens de um riacho cristalino, uma pomba bebia água, quando viu uma formiga no meio da correnteza. Em vão a formiga se esforçava par alcançar a margem. Então, a pomba jogou na água um raminho de mato, e a formiga conseguiu agarrar e se salvar.
Nesse mesmo tempo, passava um caçador que, ao ver a pomba, pensou em abatê-la. Ficou imaginando o belo prato de pomba assada. Quando se preparava para atirar, sentiu uma picada no calcanhar. O caçador abaixou-se para ver o que o tinha picado. Era a formiga, a mesma que tinha acabado de ser salva pela pomba! Bem depressa, a pomba aproveitou para fugir da mira do caçador. Quando este olhou de novo para o rio, seu almoço tinha desaparecido.
Comentar a história:
- Quando é que eu ajo do mesmo jeito que a formiga?
- Quando é que sou pomba?
- Quando sou caçador?
- Quem foi solidário e fraterno?
A cada ano a Campanha da Fraternidade faz importantes reflexões sobre alguma problemática que aflige nossa sociedade.
Neste ano a CF nos convida a pensar na SAÚDE PÚBLICA. (mostrar o cartaz)
- Tema: Fraternidade e Saúde Pública
- Lema: "Que a saúde se difunda sobre a terra" (Eclo 38, 8).
- A Campanha da Fraternidade é um tempo para crescer na fé e sermos solidários com os irmãos.
Este ano a campanha nos pede para olharmos para a nossa saúde e a de nossos irmãos e perceber que as nossas atitudes podemos mudar para contribuir para melhorar a nossa saúde.

4. Leitura utilizada: da própria apostila, da bíblia – Lc 10, 29-37

5. Ambientação: toalha, flores, bíblia, imagem cartaz da Campanha da Fraternidade.

6. Material utilizado: Apostila, bíblia, cartaz da CF/12, cartolina e folhas cortadas

7. Atividades: orientar as atividades

8. Momento de Oração – orientar a escrita da oração da apostila.

Aprofundamento para o catequista

Introdução
A Campanha da Fraternidade de 2012 mobiliza os catequizandos a contemplarem a vida como um dom de Deus e para a compreensão de que o cuidado com a saúde depende de uma alimentação saudável, da prática de esportes, das ações de prevenção, do cuidado com o corpo, a mente e o espírito.

A Igreja propõe como tema da Campanha deste ano: A Fraternidade e a Saúde Pública, como lema: Que a Saúde se difunda sobre a terra (Eclo. 38,8). Deseja assim sensibilizar a todos sobre a dura realidade de irmãos e irmãs que não têm acesso à assistência de saúde pública condizente com suas necessidades e dignidade. É uma realidade que clama por ações transformadoras. A conversão pede que as estruturas de morte sejam transformadas.

A Igreja, nessa Quaresma, à luz da Palavra de Deus, deseja iluminar a dura realidade da saúde pública e levar os discípulos missionários a serem consolo na doença, na dor, no sofrimento, na morte. Levá-los, ao mesmo tempo, a exigir que os pobres tenham um atendimento digno em relação à saúde.

O Sistema Único de Saúde – SUS , inspirado em belos princípios como o da universalidade, cuja proposta é atender a todos, indiscriminadamente, deveria ser modelo para o mundo. No entanto, ele ainda não conseguiu ser implantado em sua totalidade e ainda não atende a contento, sobretudo os mais necessitados desses serviços.

Entendendo ser um anseio da população, especialmente da mais carente, um atendimento de saúde digno e de qualidade, a Campanha da Fraternidade 2012 aborda o tema da saúde, conforme os objetivos a seguir propostos.

Objetivo Geral:
Refletir a realidade da saúde no Brasil, em vista de uma vida saudável, mobilizando o espírito fraterno e comunitário das pessoas, na atenção aos enfermos e na busca por melhoria no sistema público de saúde.

Objetivos Específicos:
1. Disseminar o conceito de bem viver e sensibilizar para a prática de hábitos de vida saudável, em detrimento dos que comprometem a boa saúde;
2. Sensibilizar as pessoas para o serviço aos enfermos, o suprimento de suas necessidades e integração na comunidade. Organizar este serviço nas comunidades que ainda não despertaram para esta exigência evangélica;
3. Alertar para a importância da organização
da Pastoral da Saúde nas comunidades: criar onde não existe, fortalecer onde está incipiente e dinamizá-la onde ela já existe.
4. Difundir dados sobre a realidade da saúde
no Brasil e seus desafios, bem como sua estreita relação com os aspectos socioculturais de nossa sociedade;
5. Despertar, nas comunidades, a discussão
sobre a realidade da saúde pública, levá-las ao acompanhamento da prática da cidadania no trato da causa pública e à exigência de qualificação dos gestores da área da saúde;
6. Estimular e fortalecer a mobilização popular em defesa do SUS e de seu justo financiamento, orientando a comunidade sobre seus direitos e deveres em relação ao sistema de saúde como a participação nos espaços de controle, fiscalização e deliberação das políticas públicas de saúde.

Saúde e Doença - dois lados da mesma realidade

A vida, a saúde e a doença são realidades profundas, envoltas em mistérios. Diante delas, as ciências não se encontram em condições de oferecer uma palavra definitiva, mesmo com todo a aparato tecnológico hoje disponível. Assim, as enfermidades, o sofrimento e a morte apresentam-se como realidades duras de serem enfrentadas e contrariam os anseios de vida e bem-estar do ser humano.

Nas línguas antigas é comum a utilização de um mesmo termo para expressar os significados de saúde e de salvação. Na língua grega, soter e aquele que cura e ao mesmo tempo é salvador. Em latim, ocorre a mesmo com salus. Verifica-se o mesmo em outras línguas. Certamente, a convergência destes significados para um único termo é reflexo da dura experiência existencial diante destes fenômenos e a percepção de que o doente necessita ser curado ou salvo da moléstia pela ação de outrem.

Saúde e salvação para a Igreja
A experiência da doença mostra que o ser humano é uma profunda unidade pneumossomática. Não é possível separar corpo e alma. Ao paralisar o corpo, a doença impede o espírito de voar. Mas se, de um lado, a experiência é de profunda unidade, de outro, é de profunda ruptura. Com a doença passamos a perceber o corpo como um 'outro', independente, rebelde e opressor.

Ninguém escolhe ficar doente. A doença se impõe. Alem de não respeitar nossa liberdade, ela também tolhe nosso direito de ir e vir. A doença é, por isso, um forte convite à reconciliação e à harmonização com nosso próprio ser.

A doença é também um apelo à fraternidade e à igualdade, pois não discrimina ninguém. Atinge a todos: ricos, pobres, crianças, jovens, idosos. Com a doença, escancara-se diante de todos nossa profunda igualdade. Diante de tal realidade, a atitude mais lógica é a da fraternidade e da solidariedade.

A vida saudável requer harmonia entre corpo e espírito, entre pessoa e ambiente, entre personalidade e responsabilidade. Nesse sentido, o Guia para a Pastoral da Saúde, entendendo que a saúde é uma condição essencial para o desenvolvimento pessoal e comunitário, apresenta algumas exigências para sua melhoria:

a. articular o tema saúde com a alimentação; a educação; o trabalho; a remuneração; a promoção da mulher, da criança, da ecologia, do meio ambiente etc.; 

b. a preocupação com as ações de promoção da saúde e defesa da vida, que respondem a necessidades imediatas das pessoas, das coletividades e das relações interpessoais. No entanto, que estas ações contribuam para a construção de políticas públicas e de projetos de desenvolvimento nacional, local e paroquial, calcada em valores como: a igualdade, a solidariedade, a justiça, a democracia, a qualidade de vida e a participação cidadã.

Contribuições recentes da Igreja para a Saúde no Brasil

Em mais uma manifestação da preocupação da Igreja com a realidade social da população, em 1981, a Campanha da Fraternidade: "Saúde e Fraternidade" apresentou o lema: "Saúde para todos". A Campanha contribuiu para a reflexão nacional do conceito ampliado de saúde. Na época o Papa João Paulo II escreveu, em sua mensagem para a Campanha, que a "boa saúde não é apenas ausência de doenças: é vida plenamente vivida em todas as suas dimensões pessoais e sociais. Como o contrário , a falta de saúde, não é só a presença da dor ou o mal físico. Há tantos nossos irmãos enfermos por causa inevitáveis ou evitáveis, a sofrer, paralisados, à beira do caminho, à espera da misericórdia do próximo, sem a qual jamais poderão superar o estados de semimortos".

A discussão sobre a saúde foi retomada na CF de 1984, como tema Fraternidade e Vida e o lema "Para que todos tenham vida", partindo da citação bíblica: "pois eu estava com fome e me deste de comer,... doente, e cuidaste de mim" (Mt 25, 35- 36). Esta Campanha buscou ser um sinal de esperança para as comunidades cristãs e para todo o povo brasileiro, a fim de que, em um panorama de sombras e de atentados à vida, sentissem a luz de Cristo, que vence o egoísmo, o pecado e a morte, reforçando os princípios norteadores da valorização da vida, do início até o seu fim.

Tais iniciativas constituem marcos importantes da ação da Igreja, tanto no campo da saúde como no da saúde pública, em nosso país. Por ser amplo o leque destas atividades, com satisfação identificam-se ações pastorais, próprias do múnus eclesial, que resultam em contribuição da Igreja para o cumprimento das "Metas do Milênio" com as quais o governo brasileiro comprometeu-se perante a comunidade internacional, mobilizando diretamente seus vários setores:

"Metas do Milênio" propostas pela ONU (Organização das Nações Unidas) com objetivos a serem alcançados até 2015:
- Reduzir pela metade o número de pessoas
que vivem na miséria e passam fome;
- Educação básica de qualidade para todos;
- Igualdade entre os sexos e mais autonomia para as mulheres;
- Redução da mortalidade infantil;
- Melhoria da saúde materna;
- Combate a epidemias e doenças;
- Garantia da sustentabilidade ambiental;
- Estabelecer parcerias mundiais para o desenvolvimento.

Doença e saúde no Antigo Testamento

A Bíblia hebraica, já nas primeiras páginas, apresenta a origem do mal e do sofrimento, mas descartando qualquer possibilidade de participação divina. No decorrer da caminhada do povo hebreu, outros conceitos e outras justificativas foram sendo desenvolvidas a respeito da doença e do sofrimento, que passaram a ser vistos como conseqüência do pecado e da desobediência. Assim a preservação da saúde mais do que a cura da doença, era obtida pela observância da Lei de Deus.

Porém, quem não a observa terá a maldição, a infelicidade, as doenças e a opressão (cf Dt 28, 15ss). A doença é vista como castigo de Deus ao pecado do ser humano, por isso, somente eliminando a causa da doença, ou seja, o pecado, pode-se obter novamente de Deus a saúde.

Houve, um tempo, que entre os judeus piedosos, o fato de recorrer a médicos era visto como falta de fé no Deus vivo e verdadeiro, pois a doença era compreendida como forma de punição por parte de Deus.

O livro do Eclesiástico considera a doença como o pior de todos os males (cf 30, 17), um mal que faz perder o sono (cf 31, 2). O povo judeu entendia que a falta de saúde estava intimamente ligada com a culpa, o pecado. A cura para as doenças deveria ser obtida, em primeiro lugar, pela oração (cf 2Sm 12, 15-23).

Saúde e doença no Novo Testamento
O capítulo nono do Evangelho de São João relata o encontro de Jesus com um cego de nascença (cf Jo 9, 1-41). De acordo com o relato, são os discípulos que, em primeiro lugar, percebem a presença do cego e propõem uma questão a Jesus.

A dúvida dos discípulos é de ordem teológica:
"Quem pecou para ele nascer cego?" Teria o homem pecado ou teriam sido seus pais (cf Jo 9, 2) .
A resposta de Jesus é clara: "nem ele, nem seus pais pecaram, mas é uma ocasião para se manifestarem nele as obras de Deus" (cf Jo 9, 3). Cristo interrompe a tradição de vincular doença e pecado e oferece aos discípulos, aos fariseus, aos judeus e familiares do cego e ao próprio cego uma catequese sobre sua missão. Jesus apresenta-se como "luz do mundo" e luz que se manifesta pelas obras que realiza. Essa experiência permite que o próprio cego se transforme em discípulo.

O anúncio da missão de Jesus na sinagoga de Nazaré inclui "a recuperação da vista aos cegos" (cf Lc 4, 18). No entanto em toda ação de Jesus, percebemos inúmeros gestos de quem está preocupado em recuperar a saúde. Não apenas no aspecto biológico, mas promover o ser humano para ter uma vida digna, saudável e reintegrada à sociedade, porque a doença significava a exclusão social. Diz o evangelho: "Jesus percorria toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas deles, anunciando a Boa Nova do Reino e curando toda espécie de doença e enfermidade do povo" (Mt 4, 23).

Com sua ação evangelizadora, Jesus não apenas cura os doentes, mas resgata o ser humano para o meio da sociedade, dando-lhe dignidade e apresenta uma nova forma de relacionar-se com as pessoas necessitadas. O Novo Testamento é repleto de relatos de Jesus curando os doentes, os quais testemunham que a ação salvífica de Jesus também acontecia em suas intervenções no cuidado e atenção com os que sofrem.

A parábola do Bom Samaritano nos lembra a condição da fragilidade humana a que todos estamos condicionados desde a criação. Mas indica que os seguidores de Jesus devem descobrir a importância do cuidado. A fragilidade somente se cura mediante a proximidade daquele que se dispõe a cuidar do debilitado. Cuida-se da própria vulnerabilidade quando se consente a proximidade do outro.

O samaritano é aquele que em face da necessidade do outro a assimila e se deixa transformar por ela. Não só porque cuida do ferido e lhe dá abrigo, mas porque o faz em prejuízo dos seus próprios planos iniciais.

Esta atitude é revelada nos sete verbos desta parábola e indica um modo de ser diante do outro, que pode iluminar o engajamento da Igreja e dos cristãos no campo da saúde pública:

a) VER – a primeira atitude do samaritano
que descia pelo caminho foi enxergar a realidade. Não ignorou a presença de alguém caído, de alguém que teve seus direitos violentados e que se encontro à margem da estrada.
b) COMPARECER-SE – a percepção da
presença do caído conduziu o samaritano à atitude de compaixão. Ele deixou-se afetar pela presença do violentado que jazia quase morto. A compaixão desencadeou as demais atitudes tomadas pelo Samaritano.
c) APROXIMAR-SE – ao contrário dos que
antecederam, o viajante estrangeiro aproximou-se do caído, foi ao seu encontro, não passou adiante. No homem assaltado, ferido, necessitado, reconheceu seu próximo, apesar de muitas diferenças entre ambos.
d) CURAR – a presença do outro exige
cuidado. A aproximação, a compaixão não são
simplesmente sentimentos benevolentes voltados ao outro. Elas se tornam obra, se transformam em ação que lança mão dos elementos que tem disponíveis para salvar o outro.
e) COLOCAR NO PRÓPRIO ANIMAL– colocou a serviço do outro os próprios bens. Não temeu disponibilizar ao desconhecido ferido tudo o que dispunha: seu meio de transporte, o que trazia para seu próprio cuidado e seu dinheiro.
f) LEVAR À HOSPEDARIA – mudou seu itinerário e acabou mobilizando e envolvendo outras pessoas. Nem sempre conseguimos responder a todas as demandas, mas podemos mobilizar outras forças para atender e cuidar de quem sofre.
g) CUIDAR – esse é o sétimo verbo e expressa o conjunto da intervenção do samaritano. Trata-se de um cuidado coletivo, que envolveu outros personagens, recursos financeiros, estruturas que o viajante, não dispunha e o compromisso de retornar. A razão do retorno é que agora ela incluía outra pessoa, um compromisso que não estava planejado no início da viagem, mas não pode mais ser ignorado, cuidar passa a ser uma missão.
A figura do bom samaritano assume a condição de modelo para a ação evangelizadora da Igreja no campo da saúde e no campo da defesa das políticas públicas.

Unção dos Enfermos, sacramento da cura
O sacramento da unção dos enfermos é compreendido no âmbito da missão salvífica da Igreja, ou seja, no contexto do ministério de cura que toda Igreja exerce junto aos enfermos. A unção não é um sacramento pontual e isolado, que se celebra de forma quase mágica, numa UTI, a um moribundo totalmente inconsciente. Pelo contrário, é um sacramento eclesial que, além de comprometer toda a Igreja, é também o ápice de um processo em favor e a serviço dos irmãos enfermos de uma comunidade. Faz parte do ministério de cura que atualiza e significa a presença do Reino no hoje das pessoas.

Por ser um serviço de toda a Igreja, compromete todos na comunidade: o próprio doente em atitude plenamente ativa de identificação com Jesus Cristo, de aceitação da própria debilidade e de contribuição para o bem do povo de Deus e a salvação de todo o mundo; de todos os crentes em atitude de amor e presença junto aos pobres e doentes; dos religiosos, fazendo presente no mundo a pessoa de Cristo que se preocupa e cura os doentes; dos presbíteros cujo ministério exige deles, não só a visita, a atenção e a animação dos doentes, mas também a visibilidade da presença viva do Senhor que unge, cura e salva; dos bispos que precisam, num trabalho de coordenação pastoral e evangelizadora, mostrar que os doentes não são seres passivos, mas comprometidos com o Corpo de Cristo.

É pena que, na mentalidade comum dos fiéis e até mesmo dos agentes de pastoral, o sacramento da unção dos enfermos ainda não tenha se desconectado suficientemente de sua relação com a morte. Este passo, no entanto, precisa ser dado. Todos precisam ter muito claro que o sacramento da unção dos enfermos já não é mais nem sacramento que consagra a morte nem preparação imediata para a eternidade. Pelo contrário, é o sacramento que consagra uma situação de vida, ou seja, uma situação de doença, confiando ao doente a missão de completar, no próprio corpo, o que falta à paixão de Cristo.

A Pastoral da Saúde
A Pastoral da Saúde que representa a atividade desempenhada pela Igreja no Setor da Saúde, é expressão de sua missão e manifesta a ternura de Deus para com a humanidade que sofre. A Igreja, ao meditar a parábola do bom samaritano (cf Lc 10, 25-37), entende que não é licito delegar o alivio do sofrimento apenas à medicina, mas é necessário ampliar o significado desta atividade humana.

No Brasil esta Pastoral conta com 80 mil agentes voluntários. Seu objetivo é promover, educar, prevenir, cuidar, recuperar, defender e celebrar a vida ou promover ações em prol da vida saudável e plena de todo o povo de Deus, tornando presente no mundo de hoje, a ação libertadora de Cristo na área da saúde. Sua atuação é em âmbito nacional e de referência internacional.

Como as famílias podem colaborar para a saúde se difundir
A família ocupa o lugar primário na humanização da pessoa e da sociedade. Por isso é chamada a ser uma comunidade de saúde, a educar para viver bem, a promover o bem estar de seus membros e do ambiente que a cerca. É importante recuperar a família como colaboradora essencial no cuidado e no acompanhamento de seus membros. Vários dos condicionantes e
determinantes da saúde dependem da adesão das famílias e da educação prática das crianças.

Seguem algumas propostas de ação concreta para esta esfera:
a) Incentivar o cuidado pleno aos extremos da vida (criança e idosos), buscando atendimento digno, humano e com qualidade nos serviços de saúde, nos três níveis de governo;
b) Garantir que a prevenção avance
para além da informação. É necessário visar não só ao bem estar individual, mas também ao familiar e ao de todos, através de ações educativas abrangentes;
c) Buscar a sensibilização e a mobilização de familiares e amigos quanto à ações básicas de prevenção e promoção da saúde,como manter o cartão de vacinas atualizado;
d) Estimular a doção e a manutenção
de padrões e estilos de vida saudáveis e a abolição de hábitos inadequados de vida. Até reeducação alimentar e incentivo à atividade física regular;
e) Estimular o uso dos serviços de saúde, de forma consciente, organizada e cuidadosa, visando à otimização de recursos públicos;
f) Estimular a disseminação do conceito de que a prevenção ao uso de drogas é de responsabilidade de todos, ou seja, pais, professores, empresários, líderes comunitários, sindicatos, igrejas e autoridades. g) Incentivar e difundir programas de coleta seletiva e de reciclagem, no suporte a projetos de pesquisa na área ambiental e no estímulo de práticas sustentáveis, divulgadas em empresas, escolas e comunidades.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Catequese com Crianças, com Jesus e com Maria!!!

Pessoal, é tão bom ver algo que compartilhamos servir ao próximo. Recebi mais uma surpresa!!!
Vi no blog da Marcinha (CLIQUE AQUI) a ideia que divulguei, CATEQUESE EM FAMÍLIA, lembram?
Pois é, a Marcinha aderiu a ideia e resolveu colocar o projeto para funcionar. Ela fez uma sacolinha linda e também usou seus dons artísticos e fez algumas adaptações, achei super criativa e lindo o resultado.
E como sempre digo, a ideia é lançada, e o toque especial fica por nossa conta.

Veja a sacolinha que ela fez:


Quem quiser saber como funciona o "Catequese em Família" CLIQUE AQUI

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Encontro de Catequese - Jogo da Quaresma

Preparação: preparar o material do jogo, e sacos plásticos com pedras e areia, um para cada catequizando.

Oração Inicial: leitura de Mt 4, 1-11. Pedir a Jesus que dê sempre a cada um a mesma força do Espírito para a vitória sobre todas as tentações.

Atividades: Explicar que estamos vivendo o tempo da Quaresma: 40 dias em que Deus nos convida à conversão, a começarmos uma vida nova.

Em seguida, dividar os catequizandos em duplas ou pequenos grupos para o jogo.

Providencie um tabuleiro para cada grupo (pode ser desenhado em uma folha de cartolina)




Após o jogo, o catequista deve fazer uma conclusão sobre o seu significado e que aprendizado ele traz às nossas vidas: quando fazemos algo bom, avançamos na caminhada, mas quando nos deixamos levar pelo pecado, retrocedemos.


Oração final: cada catequizando receberá pequenos sacos com pedras e areia (que representam o nosso pecado) e irá depositá-los aos pés da cruz.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Catequese com Crianças? Genial!!!

Amigos, hoje fiquei feliz em saber que minhas partilhas estão se multiplicando e tem muitos catequistas gostando das minhas ideias "mirabolantes" rsrsrsrs.
Hoje passando pelos blogs, vi que a Catequista Eugenia usou a ideia dos álbuns de figurinhas que postei aqui (Clique aqui e veja a postagem do álbum). Quando vi, fiquei com uma felicidade enorme em saber que algo tão simples que fazemos pode ajudar muitas e muitas pessoas e são nesses momentos que ganho forças para continuar prezando pela qualidade do meu blog.
Olha os álbuns que ela fez...


E vou confessar uma coisa (chega bem pertinho da tela do computador porque vou dizer bem baixinho), _ os álbuns que a Eugenia fez ficou lindos, bem mais lindos do que os meus, isso sem comparação rsrsrsrs.
E é isso aí pessoal, a ideia é lançada e cada um tem um jeitinho especial de dar vidas a ela, inclusive quando fiz a postagem do álbum muitas pessoas foram dando ideias dali, daqui, e que nas minhas próximas armações eu vou juntar todas ideias e fazer algo bem legal.
Sempre gosto de dizer que Unidos somos Mais, e isso pra mim é a mais pura verdade.

Visite o blog da Eugenia que por sinal é ótimo: catequesegenial.blogspot.com 

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Atividades para Catequese - Quaresma



Achei esta explicação sobre Quaresma interessante e resolvi fazer algumas adaptações nela para usarmos na catequese. Para melhor visualização é só clicar sobre as figuras.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Quaresma e o seu sentido

Na quarta-feira de cinzas tem início a quaresma, tempo de organização para a festa da Páscoa.
Em um período de 40 dias, a igreja se une ao mistério de Jesus no deserto.

Mais do que simples preparação para a Páscoa, a Quaresma é tempo de grande convocação para que toda a Igreja se deixe purificar do velho fermento para ser uma massa nova, levedada pela verdade.

É um tempo favorável de nos convertermos ao projeto de Deus, ouvindo e acolhendo sua Palavra sempre viva e eficaz, que nos faz retomar a opção fundamental de nossa fé feita no Batismo.

A Quaresma nos chama à reconciliação, à mudança de vida, a assumir a busca da humanidade inteira por libertação, justiça, dignidade, reconciliação e paz.

A Quaresma coloca a Igreja bem solidária à paixão de Cristo e solidária também à paixão da humanidade, que sofre sem rumo, uns oprimindo, outros sendo oprimidos. “Assim como carregamos as culpas uns dos outros, carregamos também o sofrimento nosso e alheio, pois somos um só corpo e, como no corpo humano, o que afeta um membro, afeta todo o corpo”.

A Quaresma tem o sentido maior de fazer-nos redimir as nossas faltas e também as faltas de toda a humanidade. É o sentido da solidariedade e, através dela, a preparação dos caminhos de um mundo melhor, mais fraterno, em direção à Ressurreição.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Quarta - feira de Cinzas - Atividade para Catequese

"Quarta-feira de Cinzas: Lembra-te que do pó viestes e ao pó, hás de retornar."

A Quarta-feira de Cinzas na Igreja é um momento especial porque nos introduz precisamente no mistério quaresmal.
Uma das frases – no momentio da imposição das cinzas – serve de lembrete para nós: 'Lembra-te que do pó viestes e ao pó, hás de retornar.' A cinza quer demonstrar justamente isso; viemos do pó, viemos da cinza e voltaremos para lá, mas, precisamos estar com os nossos corações preparados, com a nossa alma preparada para Deus.
A Quarta-feira de Cinzas leva-nos a visualizar a Quaresma, exatamente para que busquemos a conversão, busquemos o Senhor. A liturgia do tempo quaresmal mostra-nos a esmola, a oração e o jejum como o princípios da Quaresma.
A própria Quarta-feira de Cinzas nos coloca dentro do mistério. É um tempo de muita conversão, de muita oração, de arrependimento, um tempo de voltarmos para Deus. (CN)
(clique na imagem para melhor visualização)

- ATIVIDADES PARA CATEQUESE - 

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Catequese em Família

Outra novidade que venho apresentar, CATEQUESE EM FAMÍLIA.

Lembram dessa ideia que tive e comecei a postar algumas atividades sobre esse projeto lá no Blogo Jonathan Cruz? (Clique Aqui e reveja as postagens).

O objetivo dessa ideia, foi aproximar mais as famílias da catequese, por que todos nós catequistas sabemos que é de extrema importância a presença familiar na educação cristã dos filhos, e nem todas as comunidades tem o privilégio de andar juntas (igreja & família).

Então, colocando a CUCA para trabalhar, me veio em mente o nome CATEQUESE EM FAMÍLIA. Pronto, o nome para alguma coisa estava criado, agora é criar alguma coisa para este nome brilhar rsrsrsrsrs.

No começo eu mandava uma tarefinha para os pais realizarem juntos com os seus filhos. E como nada é perfeito, não foi 100% o resultado, digo que foi 80%, ou seja, de 30 catequizandos, 20 famílias tinha o compromisso com a catequese, e por incrível que pareça, as famílias mais humildes é que foram mais presentes na realização desse projeto CATEQUESE EM FAMÍLIA (por isso que devemos olhar para o próximo com os olhos de Jesus e nunca julgar).

Esse ano dei uma repaginada no CATEQUESE EM FAMÍLIA, e ao invés de mandar "tarefas de casa" para os pais todo encontro (rsrsrsrs), irei mudar, vou mandar algo mais atrativo.

Ficaram curiosos? Calma, que tirei fotos para todos vocês terem uma visão melhor da novidade.


Esta é a sacola feita de TNT que o catequizando irá levar para casa.
Mas uma sacola vazia? Claro que não rsrsrs, é um verdadeiro kit de evangelização. Vou apresentar para vocês o que possuem dentro dela.


Dentro da sacolinha haverá:
1 - Uma Bíblia;
2- Um caderno de registro;
3- Uma pasta para colocar o caderno de registro;

Vejam agora cada objeto e qual a sua função:


Esta pasta será para colocar o caderno de registro, para melhor conservação e evitar amassar o caderno;



A Bíblia será para a Leitura Orante em família.
A cada encontro o catequista irá passar a sacolinha para um catequizando, e dentro da Bíblia estará marcado com um bilhetinho escrito o capítulo e versículo para a família fazer a leitura orante da Bíblia.


Caderno de Registro


A primeira página do Caderno de Registro será com as regrinhas para bom andamento do CATEQUESE EM FAMÍLIA.

Veja as regrinhas:



Nas outras páginas do caderno será para o registro da família e da criança.
Veja como será a folha de registro da família:


E assim que ficou o CATEQUESE EM FAMÍLIA, reformulado e bem mais atrativo. Espero que possa surgir bons resultados, e o mais importante, que essa forma de evangelizar faça com que as famílias vejam a importância da leitura orante da bíblia em casa. Que a palavra de Deus possa fazer parte da vida familiar de muitas e muitas famílias.

Podemos também dar um presentinho no final do ano para aquela família que caprichou no caderno de registro rsrsrs. Catequistas, não se esqueça de dar uns minutinhos durante o encontro para o catequizando apresentar para a turma o ensinamento que aprendeu com a leitura da Bíblia, esse é um dos maiores pontos a ser trabalhado.

Uma outra coisa que estou pensando....
Será que no final do ano eu fico com o caderno de registro pra mim de lembrança, ou faço uma doação do caderno para alguma família, para paróquia? Se alguém tiver alguma ideia do que devo fazer, ficarei feliz em saber!

Até a próxima ideia mirabolante de Jonathan Cruz rsrsrsrs.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Plano de Frequência na Catequese - Álbum de Figurinhas

Olá queridos Catequistas que sempre passam por aqui em busca de novidades para suas turmas de catequese!!!

Hoje venho com uma novidade que preparei e está surtindo enfeito em minha turma de catequese, É O ÁLBUM DE FIGURINHAS.

Achei a ideia pela internet e resolvi aplicar na catequese. Mas, tive que fazer algumas adaptações ao original, e acredito que devemos fazer adaptação conforme a realidade de nossa turma.

Como diz o título dessa postagem: PLANO DE FREQUÊNCIA, a ideia é justamente para diminuir o número de faltas dos catequizandos. Ano passado mesmo, não me lembro de nenhum encontro em que estava todos os meus 30 catequizandos, sempre faltava alguns, e na maioria dos encontros era 25, no máximo 28 catequizandos presentes.

Esse ano então fui em busca de uma ideia que resolvesse esse problema, e logo que anunciei para a turma a ideia do álbum, notei o interesse deles (quando percebemos que a turma toda gostou, isso é um bom sinal). No segundo encontro distribuir os álbuns e ficaram doidos para distribuição das figurinhas, mas disse a eles que a distribuição da "primeira" figurinha será no próximo encontro. Sendo assim, depois do álbum todo completo, o vencedor ganhará um brinde.

Eu tirei algumas fotos que podem dar uma noção melhor.

Esta é a capa do álbum, feita com PAPEL COLOR SET da cor que preferir.


Para ilustrar a capa, eu criei e usei esta acima.


Por dentro, criei as páginas e no total deu 8 páginas.
Gastei 4 folhas A4, sendo elas cortadas ao meio se transformando em 2 páginas.
Cada página serão coladas 2 figurinhas. 
Obs: A figurinha de número (1) será colada onde estiver indicado o número (1) na página e assim por diante.

Veja o próximo exemplo:


Cada figurinha terá um versículo, ou uma frase para reflexão.

Agora vamos às figurinhas para vocês imprimirem:





















As figurinhas de 15 a 20 depois de completas formarão a figura abaixo:


1 - A sugestão que dou, é que antes de confeccionar os álbuns para toda a turma, o catequista deve montar um primeiro para ter noção de como ficará e até mesmo para mostrar a turma como funcionará o andamento do álbum. 
2 - Outra sugestão é a seguinte, eu coloquei as figurinhas todas sortidas (misturadas) em um saquinho, e no próximo encontro vou passar de criança a criança para que tire uma figurinha, e assim será feito a cada encontro. Pode acontecer das crianças pegar figurinhas repetidas, mas nesse ponto entra o trabalho de interação da turma, ou seja, a troca de figurinhas, sendo assim ajudando no desenvolvimento social delas, afinal, turma de catequese deve ser unida e todos querer o bem para o outro, o catequista deve ensiná-los isso.
3- Ultima dica.... para animar ainda mais a brincadeira, eu criei duas figurinhas "chaves", vejam só:

Quando a criança tirar uma dessas figurinhas, elas terão que cumprir a missão, depois de cumprida, o catequista irá premia-la com 2 figurinhas.

E aí catequistas, gostaram da ideia? Cada um pode adaptar esse projeto "Álbum da Catequese" conforme a realidade da turma, e conforme as ideias forem surgindo.

Ainda tem mais uma novidade, vou fazer de tudo para divulga-la esta semana ainda.